Por Ana Mônica Jaremenko*
Esta semana, este artigo completa seis anos desde que foi publicado pela primeira vez no Blog Família Abençoada Jaremenko e continua atual. Publico-o aqui hoje somente acrescentando assuntos (¶5) discutidos atualmente no Congresso Nacional visando manter a contextualização.
O convite para colaborar com o Blog Cristãos Que Protestam muito nos honra e tem tudo a ver começar essa colaboração falando sobre "Blíblia, cristão e política".
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O que diz a Bíblia sobre o cristão e a política? Vamos refletir sobre o assunto?
Muitos dizem que "religião e política não se discute". Alguns dizem até que o cristão não deve se envolver com política, que político é tudo igual, que quem é honesto vira desonesto ao se envolver com política, etc.
Recentemente, o envolvimento de igrejas com o processo sucessório político-administrativo tem sido crescente. O Estado brasileiro é laico, isto é, livre de religião, sendo esta de livre escolha dos cidadãos. Sendo assim, a Igreja não deve se intrometer em política, nem a política nos atos da Igreja.
Porém, quanto aos cristãos, estes não perdem a cidadania ao professarem sua fé. Continuam sendo contribuintes de impostos. No Brasil, são obrigados a prestarem o serviço eleitoral. E sofrem, como qualquer pessoa, as consequências dos atos e decisões político-administrativas.
Ora, a família é a base da sociedade. E as igrejas cristãs têm a família como Projeto de Deus. No mínimo, ignorar os fatos políticos é, de certa forma, omissão.
Se reportarmo-nos à Bíblia, encontraremos exemplos fortes de homens e mulheres de Deus que se envolveram no processo político-administrativo de seu tempo. Abraão, já nos primórdios bíblicos, assentava-se com reis e decidia sobre a divisão política do Oriente Médio. José teve status de Primeiro-Ministro no Egito Antigo. Moisés é considerado o legislador do povo hebreu. Houve o período dos Juízes, com Débora, Gideão, Jabez e outros. Samuel aconselhou os primeiros reis de Israel, Saul e Davi. Salomão foi considerado o rei mais sábio, em sua época. Daniel foi conselheiro de reis dominadores do povo hebreu. O que não dizer de Ester, Esdras, Neemias, que não foram omissos, mas se posicionaram em favor de seu povo. Os apóstolos Pedro e Paulo não perdiam a oportunidade de falar aos poderosos de seu tempo.
Não seriam estes exemplos suficientes para nos convencer de que homens e mulheres de Deus não só podem como devem se envolver com política? Alguém já disse que "quem não se envolve em política porque não gosta é dominado por aqueles que gostam e se envolvem". A quem recorreríamos em favor do povo cristão quando estes se vissem privados de seus direitos como cidadãos?
* Eu sou Ana Mônica Jaremenko, escritora (poeta e cronista), ativista política, blogueira, gestora de mídias sociais e corretora de imóveis. Administradora, dentre outros, do blog Simplesmente Fedora. Fedora é meu heterônimo para assuntos políticos.
Graça e paz!
* Artigo publicado originalmente no Blog Família Abençoada Jaremenko. Goiânia, 15 jul. 2010. Disponível em: <http://familiaabencoadajaremenko.blogspot.com.br/2010/07/palavra-de-deus-e-politica.html>. Acesso em: 11 jul. 2016.
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