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sábado, 8 de outubro de 2016

O problema do ensino da ideologia de gênero nas escolas*


Por Orley José da Silva*

O tema da Ideologia de Gênero ganhou notoriedade a partir de 2013 com as discussões promovidas no Congresso Nacional sobre a inclusão ou não deste assunto no Plano Nacional de Educação. Com a recusa de inseri-lo no texto do PNE pela maioria dos deputados e senadores, esta demanda foi transferida no final de 2014 pelo Ministério da Educação para as discussões dos planos educacionais regionais dos estados e municípios.

A maioria dos parlamentos estaduais e municipais, no entanto, seguiram a mesma decisão do Congresso Nacional. Mesmo assim, o MEC, juntamente com universidades e o mercado editorial de livros didáticos e paradidáticos, resolveram bancar a propagação dessa ideologia nas escolas. Hoje, este ensino está presente na Educação Infantil, no Ensino Fundamental e do Ensino Médio, na maioria das escolas brasileiras, não somente públicas, mas também particulares e confessionais.

Vale ressaltar que os atuais estudos de gênero têm o patrocínio das Organizações das Nações Unidas, da Comunidade Europeia e do atual governo dos Estados Unidos, além de agências internacionais de saúde, direitos humanos e educação que se destinam ao financiamento de projetos ligados à mulher, à criança e ao adolescente. O governo brasileiro, nas administrações Lula e Dilma elevaram à implantação da ideologia de gênero no sistema educacional à condição de política de Estado, sobretudo a partir do Plano Nacional de Direitos Humanos 3, (PNDH-3) de 21 de dezembro de 2009.

Esse esforço global, no qual o Brasil se insere como um dos protagonistas, tem pretensões de controle populacional, de reconfiguração do que se pensa acerca de pessoa humana, família, além da mudança de eixo civilizatório. Neste caso, em se tratando de mundo ocidental, para sair do modelo de sociedade construído historicamente pelas culturas judaica e cristã.

A Ideologia de Gênero desconsidera o determinismo biológico e psicológico para quem os seres humanos são diferenciados em dois sexos: masculino e feminino. Para esse campo de estudos, portanto, a genitália trazida ao nascimento não é indicativa de homem ou mulher. Estes seriam conceitos de papeis criados pela cultura, sociedade e momento histórico vivido pela pessoa. Essa ideologia retira do seu vocabulário a palavra sexo (que designa masculino e feminino) para substituí-la por gênero, por se tratar de uma palavra capaz de abarcar algumas dezenas de papeis sociais que uma única pessoa poderia assumir durante a vida.

Em vista disso, as crianças deveriam ser criadas e educadas de forma “neutra” para que elas mesmas escolham ou percebam o(s) gênero(s) no futuro. Inclusive, roupas, cores, brinquedos e banheiro deveriam ser compartilhados igualmente pelas crianças, sem as conhecidas diferenciações sexuais marcadas pela cultura tradicional.

Faz parte desta política de gênero afastar compulsoriamente a família da responsabilidade de educar os filhos, para assumir o seu lugar, por meio da escola. Esta política acredita que a família não é preparada para a orientação sexual e familiar dos filhos. Isto porque não acompanha as mudanças sociais, é portadora de tabus e preconceitos (leia-se valores éticos e morais da fé cristã) arraigados em função da influência que recebe da tradição familiar e religiosa.

Essa ideologia apropriou-se muito bem do discurso politicamente correto ao colocar-se como protetora das mulheres e das minorias sexuais e familiares. Mas este é um discurso falso que esconde a verdadeira intenção encontrada com facilidade em textos acadêmicos de seus teóricos: normalizar na mente das crianças, a partir da mais tenra idade, as diversas possibilidades de ajuntamento familiar e de parcerias sexuais. Ou seja, elas teriam quebradas as barreiras impostas pela cultura heteronormativa e pelo casamento monogâmico e poderiam contribuir para mudar a sociedade do futuro para este novo rumo, em no máximo duas gerações.

Não é à toa que essa ideologia vem recebendo forte oposição de grupos cristãos em diversas partes do mundo, visto que sua intenção é desconstruir a moral sexual e familiar cristã. Na dianteira deste confronto, está a Igreja Católica com a participação de teólogos, leigos e padres. Os dois últimos papas deram o duro tom de oposição a essa ideologia. O papa Francisco afirmou que a Ideologia de Gênero é uma ação diabólica que deve ser combatida com todo rigor pelos pastores do rebanho católico. Já o papa Bento XVI disse que a Ideologia de Gênero tem o objetivo de afrontar ao próprio Deus, porque desconstrói a identidade da pessoa humana (coroa da Criação); o casamento entre homem e mulher (instituído por Deus no Éden) e a Igreja (inaugurada na Cruz).

A igreja evangélica, mesmo fora do país, ainda trata do assunto com timidez. Uma parte desse comportamento pode ser creditada à crescente influência do liberalismo teológico e também à adesão da igreja à doutrina filosófica do politicamente correto. Duas das principais estratégias da academia humanista utilizadas com sucesso para calar a voz profética da Igreja e das suas lideranças. No Brasil, infelizmente, este importante assunto ainda não mereceu a devida atenção dos evangélicos. O principal motivo para esta quase alienação é, certamente, a subestimação por parte das expressivas lideranças evangélicas dos riscos que essa ideologia traz para o futuro da sociedade e da própria Igreja. Ainda são raras as igrejas, os ministérios, as denominações e as lideranças que se dispõem a preparar o rebanho de Cristo para enfrentar adequadamente esse audacioso projeto institucional de revolução sexual e familiar.

É digno de registo que nos últimos anos surgiram pastores e políticos interessados nesta causa, muitas vezes abastecidos pelas pesquisas acadêmicas voluntárias e solitárias, às próprias expensas, de evangélicos psicólogos, médicos, advogados, juízes de direito, procuradores, promotores, cientistas políticos e professores. O sentimento reinante entre eles é que, diante do baixo interesse da poderosa igreja evangélica brasileira por esse tema e da bem estruturada e azeitada agenda de implantação da ideologia nas escolas, é provável que já tenhamos ultrapassado o limite de tempo adequado para a completa superação desse quadro.


* Orley José da Silva, é professor em Goiânia, Goiás,
Brasil, mestre em letras e linguística (UFG) e
mestrando em estudos teológicos (SPRBC).


* SILVA, Orley José da. O problema do ensino da ideologia de gênero nas escolas. Renascer. São Paulo, 01º jul. 2016. Disponível em: <http://revista.batistarenascer.com/o-problema-do-ensino-da-ideologia-de-genero-nas-escolas>. Acesso em: 08 out. 2016.

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