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quarta-feira, 28 de setembro de 2016

EU NÃO ME CALO!*

Nota De Repúdio À Censura Nas Redes Sociais
Por Ana Mônica Jaremenko*

Simplesmente Fedora é um Blog cristão, brasileiro, conservador, anticomunista, apartidário, sem patrão, sem patrocínio. Prima pela liberdade de expressão garantida pela Constituição Federal de 1988.

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988
TÍTULO I - DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
Artigo 5º

"Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: 
[...] 
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; 
[...] 
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei; 
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença; 
[...] 
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer; 
XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional; 
[...] 
XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais; 
[...]"
Tem acontecido reiteradamente de publicações nas páginas de Simplesmente Fedora nas redes sociais - Blogger, Facebook, Google e Twitter - serem ilegitimamente bloqueadas parcial ou integralmente, caracterizando assim CENSURA À LIBERDADE DE EXPRESSÃO.

Neste Blog, links têm sido alterados visando claramente dificultar os leitores no acesso à informação, fazendo inclusive com que concluam equivocadamente que estejam sendo direcionados a uma página proibida ou até mesmo que contenha vírus, o que é uma inverdade. Alguns links de articulistas conservadores e que Simplesmente Fedora recomenda Para Reflexão ou desaparecem ou são substituídos "inexplicavelmente" por outro "inexistente" ou "falso". Quando percebi esse problema pela primeira vez, substitui esses links por reduções customizadas pelo Bit.ly. Porém, o Blogger e o Facebook passaram então a não reconhecer tais reduções, induzindo os leitores ao erro, fazendo com que acreditem estarem sendo direcionados a uma página perigosa. No Facebook, já aconteceu de publicações serem bloqueadas, apagadas e não poder registrar comentários.

No YouTube, o acesso ao Canal tem sido impedido, às vezes aparecendo até a informação de que "o canal não existe".

A coincidência fica para o fato de essas ocorrências terem aumentado com a decisão de Simplesmente Fedora desenvolver estratégias para esclarecer a verdade dos fatos sobre alguns temas que incomodam comunistas/socialistas, dentre eles:


Com todos esses acontecimentos, criei o hábito de verificar constantemente todos os links inseridos nas páginas de Simplesmente Fedora, preocupada sempre com a segurança da informação e com a manutenção da confiança dos leitores de Simplesmente Fedora.


Eu, Ana Mônica Jaremenko, responsável pelas páginas de Simplesmente Fedora nas redes sociais e que também assino com o heterônimo Fedora Jaremenko, REPUDIO TODA E QUALQUER CENSURA E OBSTÁCULO À LIBERDADE DE EXPRESSÃO! Simplesmente Fedora não será amordaçada!

EU NÃO ME CALO!

* Eu sou Ana Mônica Jaremenko, escritora (poeta e cronista), ativista política, blogueira, gestora de mídias sociais e corretora de imóveis. Administradora, dentre outros, do blog Simplesmente FedoraFedora é meu heterônimo para assuntos políticos.

Graça e paz!

terça-feira, 27 de setembro de 2016

“Gênero”- Uma Nova e Perigosa Ideologia*

Entrevista com Dale O’Leary, especialista em ideologia de gênero*
Por Centro da Família Coração de Jesus*

Dale M. O'Leary
*28 jan. 1941 - atual
O último século foi o período de uma justa luta das mulheres contra os abusos, tratamento injusto e humilhantes estereótipos. Como resultado dessa luta foram as leis, que garantiram às mulheres o status de igualdade. Porém, na década de 70 do século passado, sobre o movimento feminista começaram a exercer uma forte pressão das ideologias radicais que propagavam uma nova e revolucionária visão do homem. Essas ideologias fizeram com que a luta pelos direitos iguais das mulheres se tornassem apenas um pretexto para combater a assim chamada “família tradicional” e a maternidade, e apoiar a promiscuidade sexual. Por isso, as diversas instituições convocadas pelos países, com o propósito de assegurar a igualdade entre homens e mulheres, servem mais à propagação de ideias radicais feministas, do que à defesa dos verdadeiros interesses das mulheres e da sociedade. Uma dessas ideologias e amplamente propagada é a ideologia de gênero (gender).

A AGENDA DE GÊNERO
Redefinindo a Igualdade

Clique AQUI para o download
do livro condensado.
Dale O’Leary é americana, de Rhode Island, autora do livro Gender Agenda: Redefining Equality (Agenda de Gênero – Redefinição da Igualdade); é mãe de quatro filhos e avó de doze netos, dirige a revista de internet The Factls.org, editada em Washington, D.C., que se dedica aos problemas da política social seja nos Estados Unidos, como no mundo. A revista é sustentada pela Fundação da Cultura da Vida (Catholic Family & Human Rights Institute). Publica também em seu blog What does the research really say? ...from the desk of Dale O'Leary. Atualmente vive na Flórida.


A Entrevista

Centro da Família Coração de Jesus - CFCJ.
Dale O'Leary - DL.

CFCJ – Quais foram os objetivos iniciais dos movimentos feministas no Ocidente?
DL – De modo geral, podemos dizer que, na segunda metade do século XX, as sociedades ocidentais lutavam para conciliar a igualdade entre o homem e a mulher, respeitando as suas diferenças biológicas. Nos anos 60, as mulheres protestavam contra as leis e os costumes que faziam com que fossem tratadas de forma diferente dos homens. Em resposta a esses protestos, os governos dos países aprovaram leis que garantiam às mulheres a igualdade. As mulheres sabiam aproveitá-las bem rapidamente – aumentou o número das mulheres estudantes nas instituições de ensino superior, com capacidades profissionais e ocupando altos cargos governamentais.
CFCJ – Por que num certo momento a luta pelos direitos iguais das mulheres se transformou em luta contra os homens e a família?
DL – Nos anos 70, ao movimento feminista juntaram-se os radicais que consideravam as mulheres como protótipo da “classe oprimida” e a família, com a “heterossexualidade obrigatória”- instrumento de opressão. Esse movimento filosófico teve origem em Friedrich Engels e na sua análise do surgimento da família. Em 1884, Engels escrevia: “Na história, como primeiro antagonismo é preciso reconhecer o antagonismo entre o homem e a mulher no matrimônio monogâmico e como principal opressão – opressão da mulher pelo homem”. Shulamith Firestone, no seu livro “The Dialectic of Sex (Dialética do gênero), publicado em 1970, modificando a ideia da luta de classes, convoca à “revolução das classes do gênero” (sex-class revolution): “Para eliminar as classes do gênero, a classe submissa (mulheres) deve revoltar-se e assumir o controle da reprodução." Isto significa que o objetivo da revolução feminista não é somente a eliminação dos privilégios dos homens, o que foi objetivo do movimento feminista, mas a eliminação das diferenças entre os sexos; as diferenças entre os sexos não terão mais nenhuma importância.
CFCJ – Isso explica por que esse novo feminismo se posicionou não somente contra os homens, mas também contra a maternidade?
DL – Segundo Firestone, a essência da opressão da mulher é a maternidade e a educação dos filhos. Os que apoiam essa posição acham que o aborto desejado, a anticoncepção, a total liberdade sexual, o trabalho das mulheres fora de casa e permanências das crianças em creches sustentadas pelo estado são condições necessárias para a libertação das mulheres. Nancy Chodorow no livro “The Reproduction of Mothering” afirma que enquanto as mulheres cumprirem a função educativo-zeladora, as crianças vão crescer percebendo a humanidade dividida em duas classes e – segundo ela – desiguais. Esta seria a causa da tolerância da “opressão de classes”.
CFCJ – Isto significa que as feministas radicais querem que as crianças vivam sem família?
DL – Sim. O novo feminismo quer eliminar a família biológica. Alison Jagger, no livro usado nos cursos para as mulheres, mostra qual deveria ser o resultado desejado da revolução das classes de gênero: a “eliminação da família biológica eliminará também a necessidade da opressão dos sexos. O homossexualismo masculino e feminino, como também as relações sexuais extramatrimoniais, não serão mais vistas na ótica liberal como opções alternativas." A própria “instituição” da convivência sexual, onde a mulher e o homem exercem papéis diferentes, desaparecerá. A humanidade poderá, então, voltar à sua natural, multifacial e perversa sexualidade.
CFCJ – Como surgiu a ideia e a expressão “gênero (gender)”?
DL – O problema diante do qual se encontraram as pessoas que promoviam a revolução contra a família, estava em como eliminar as “classes dos sexos” (sex classes), as quais são condicionadas pelas diferenças biológicas entre a mulher e o homem. A solução deste dilema foram as teses do Dr. Money, da John Hopkins University (Baltimore, EUA). Até os anos 50, a palavra “gender” era um termo gramatical e indicava se uma palavra é de gênero masculino, feminino ou neutro. Dr. Money começou a usá-lo num novo contexto e introduziu o termo “gender identity” – a “identidade do gênero”, para indicar se uma pessoa se sente homem ou mulher. Money achava que a identidade sexual – “gender identity” – depende do fato como a criança é educada, e, às vezes, é distinta da identidade biológica.
CFCJ – De que modo as feministas aproveitaram as teorias do Dr. Money?
DL – Kate Millet, no seu livro de 1969, “Sexual Politics” (Política sexual), escrevia: “Não existe diferença entre os sexos no momento do nascimento. A personalidade psicossexual é, portanto, algo apreendido depois do nascimento". Deste modo, a ideia de sexo (gênero) como uma criação social entrou nas teorias feministas. A ideologia de gênero fez com que a prioridade do movimento feminista deixasse de ser a luta política, que discriminava as mulheres, se tornou uma luta para combater ideias que evidenciavam as diferenças entre a mulher e o homem e acentuavam o principal papel da mulher na esfera educativo-zeladora.
CFCJ – As feministas recorriam frequentemente ao fórum das Nações Unidas para impor ao mundo as suas ideias radicais. Era assim também no caso da ideologia “gender”?
DL – Até 1990, nos documentos da ONU se acentuava a eliminação de todas as formas de discriminação contra as mulheres. Mas, nos anos 90 o problema “gender” ocupou a posição privilegiada. Num folder da agência INSTRAW, da ONU, intitulado “Gender Concepts”, a ideia “gender” é definida como “sistema de papéis e relações entre mulher e homem, que não é determinado biologicamente, mas depende do contexto social, político e econômico. Assim, como o sexo biológico é dado pela natureza, o gênero é um produto”. O grande problema é que, às vezes, as pessoas que usam o termo “gender” não são conscientes das suas raízes ideológicas.
CFCJ – Isso era perceptível durante algumas conferências mundiais da ONU, quando os delegados de vários países assinavam documentos, nos quais recorria o termo “gender”, sem saber o que ele significa exatamente e em que se diferencia do termo “sexo-gênero”.
DL – É verdade. Basta lembrar a Conferência Mundial da ONU dedicada à mulher, que aconteceu em Pequim, em 1995. No texto final, “Platform for Action” (Plataforma da ação), se lê: “Em muitos países, as diferenças entre realizações e ocupações dos homens e das mulheres continuam não sendo reconhecidas como consequências dos papeis de gênero criados pela sociedade, mas de imutáveis diferenças biológicas”.
CFCJ – É evidente que a diferença dos papéis dos homens e das mulheres é consequência das naturais diferenças biológicas! O homem não pode engravidar, não pode alimentar a criança com peito…
DL – É evidente que sim, mas da perspectiva da ideologia de gênero é inaceitável que a mulher possa escolher a maternidade como vocação primordial. Atestam isso as palavras de Simone de Beauvoir. Quando Betty Frieden perguntou a ela se as mulheres poderiam ter o direito de escolher ficar em casa e educar os filhos, a escritora respondeu: “As mulheres não deveriam ter esta possibilidade de escolha, porque, se esta possibilidade existisse realmente, um número demasiado de mulheres recorreriam a tal direito”.
CFCJ – São palavras muito significativas. Voltemos, ainda, à teoria do Dr. Money. Ela foi confirmada cientificamente?
DL – Quando a ideologia de gênero estava se tornando mais popular, as suas motivações teóricas se desfizeram. As teoria do Dr. Money foram desacreditadas pelas pesquisas científicas referentes ao desenvolvimento do cérebro. Os exames pré-natais demonstraram que, ainda antes de nascer, os cérebros do menino e da menina se diferenciam significativamente; isto tem influência no modo diferente de percepção dos movimentos, cores e formas. Isto causa por exemplo que, no menino, há uma “preparação biológica” para usar brinquedos masculinos e, nas meninas, dos brinquedos femininos. As mulheres, a começar pelo ventre materno, são dotadas de uma particular sensibilidade com outras pessoas, que é necessária no desempenho do papel de mãe.
CFCJ – Para que serve isso, se algumas feministas não querem reconhecer o papel especial da mulher na sociedade e ignoram as pesquisas que confirmam isso?
DL – Isso é um grande problema. Os cientistas que pesquisam as etapas iniciais do desenvolvimento da criança e do seu cérebro estão perplexos com o fato de que a importância dos laços entre a mãe e a criança é ignorada por aqueles que gostariam de ver a mulher apenas como força de trabalho, e as crianças nas creches.
CFCJ – A ideologia de gênero é partidária de uma nova definição do matrimônio, que incluiria também os casais do mesmo sexo. Nos últimos anos, apareceram muitas publicações nas quais se sugere que não existe nenhuma diferença significativa entre as crianças educadas pelos casais do mesmo sexo e os casais naturais. Os testes desse tipo merecem credibilidade?
DL – Aqueles que analisaram tais pesquisas consideraram-nas não válidas. Segundo a Prof. Lynna Wardle, “a maioria das pesquisas referentes à genitoriedade dos homossexuais apoia-se na documentação insuficiente do ponto de vista quantitativo, defeituosa quanto à metodologia e a análise (some of little more then anecdotal quality), e, em consequência, na fraca base empírica, para ser decisiva para uma política social”. Por um lado, muitas pesquisas confirmam, que a presença do pai e da mãe aumenta o bem-estar da criança. Patric Fagan da Heritage Foundation recolheu uma grande quantidade de provas que evidenciam a importância de possuir um pai e uma mãe que vivem juntos. Por outro lado, “as crianças criadas pela mãe solteira ou pais separados, são expostas ao maior risco de experiência da pobreza e dos abusos, problemas educacionais e sentimentais”. O futuro da sociedade depende das crianças, por isso, colocar o bem das crianças acima de tudo é o nosso dever.
CFCJ – Qual é a posição da Igreja [Católica] em relação à ideologia de gênero?
DL – A Igreja Católica não pode ser indiferente, quando, em nome do “bem” da mulher se agride a família, o matrimônio, a maternidade, a paternidade, a moral da vida sexual e vidas não nascidas. A Igreja [Católica] decididamente condena o tratamento abusivo das mulheres na família, mas a resposta aos maus-tratos não pode ser combater a família como tal! Quando a sociedade encoraja a convivência sexual fora do matrimônio, o aborto, o divórcio e a mentalidade anticonceptiva, as primeiras vítimas são as mulheres. A contínua luta das "classes de gênero" (sex-class strugle) não vão conduzir à autêntica libertação da mulher. Uma antropologia errada, que nega as diferenças entre os sexos, deixa as mulheres numa situação nada invejável: ou procuram imitar o comportamento masculino, ou perdem energia para transformar os homens em “pseudomulheres”. Grandes somas de dinheiro são gastas para lutar contra os naturais desejos da mulher de ser mãe. É óbvio que a ideologia de gênero conduz a um beco sem saída. A solidariedade entre o marido e a esposa em família, entre o homem e a mulher na sociedade é necessária para agir frutuosamente em prol de todos. Mulher que tem consciência das diferenças do sexo é livre e pode colaborar com os homens, sem risco de perder a própria identidade. O apoio ao matrimônio e à família, à paternidade e à maternidade não constitui, de modo algum, uma ameaça às leis, à dignidade e à fundamental igualdade das mulheres. Contudo, é sempre necessária a proteção da mulher contra os abusos e a injustiça, a distinção entre os sexos e os humilhantes estereótipos como também assegurar o direito das mulheres e dos homens à escolha de ocupações atípicas.
CFCJ – O que a Igreja [Católica] tem a dizer nessa importante disputa?
DL – João Paulo II repetia frequentemente que a alternativa para a luta de classes é a solidariedade. Alguém que é interessado a criar verdadeiramente uma sociedade a favor da mulher, encontrará a linha da atuação no livro “Amor e Responsabilidade”, do Cardeal Karol Wojtyla. A desaprovação por João Paulo II aos comportamentos em que se trata uma pessoa como objeto, com certeza é a favor das mulheres que são as primeiras vítimas do utilitarismo sexual e econômico. Uma colaboração frutífera entre mulheres e homens deve apoiar-se na verdade sobre a pessoa humana. Deus criou mulher e homem como dois sexos, diferentes mas iguais, instituiu o matrimônio e a família, como também as leis que orientam a moral; e Deus não pode ser injusto. Por isso, as mulheres não deveriam ter medo da cultura que sublinha e respeita as diferenças entre mulheres.

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

A Direita Nacional Precisa Se Apresentar à Nação*

Por Paulo de Oliveira Enéas*

Em meio ao impasse político que o movimento de rua vive há meses, existe de nossa parte a convicção formada de que a próxima onda de grandes mobilizações populares seguramente será liderada pela direita conservadora. E isso somente vai ocorrer se essa direita, hoje desorganizada e representada por pequenos grupos e figuras públicas ou semi-públicas individuais, tiver a competência e capacidade de perceber que cabe a ela, e somente a ela, tomar a iniciativa de exercer daqui para a frente o protagonismo do movimento de ruas.

E afirmamos isso com base no entendimento de que a esquerda dificilmente conseguirá reaver nos próximos anos o monopólio das mobilizações de rua na escala a que essa esquerda, em particular o quase moribundo petismo, estava acostumada a exercer desde os últimos anos do regime militar. Manifestações da esquerda hoje não vão muito além de mortadelos pagos que se juntam a delinquentes black blocs com a finalidade exclusiva de construir narrativas por meio do enfrentamento com a polícia, contando com o apoio e o respaldo da grande imprensa para propagar tal narrativa vitimista deliberadamente construída.

Da mesma forma, a frente política ampla, geral e quase irrestrita que formou o movimento pró-impeachment, e que ensejou o maior movimento de massas da história do país, dificilmente irá repetir tal feito, uma vez que o próprio sentido de existência daquela frente já não existe mais. Os diversos segmentos político-ideológicos que formavam aquela frente já não conseguem hoje nem mesmo chegar a um acordo quanto a realização de novas mobilizações em torno de temas comuns, uma vez que não há entendimento comum sobre os mesmos e sobre os rumos a seguir.

O movimento pró-impeachment seguramente criou uma memória de mobilizações cívicas ordeiras e pacíficas, nas quais as pessoas e famílias se vestiam de verde e amarelo para ir às ruas defender as cores da bandeira nacional, dizer não ao comunismo, e se congraçar com a polícia. Essa memória que persiste precisa e deve ser transformada em cultura política, para fazer renascer o sentimento de orgulho nacional e o desejo e a disposição de dar novos rumos ao país, distintos dos rumos de destruição dados até aqui pela esquerda.

É obrigação portanto da Direita Nacional confiar na força do povo brasileiro, e tomar para si essa tarefa de apontar esses novos rumos. Se a direita deseja se constituir como alternativa real de poder no país no médio prazo, ela precisa retomar urgente o movimento de ruas, mas com uma pauta explicitamente de direita e conservadora, sem fazer qualquer concessão. Pois é deste movimento que irão surgir novas lideranças políticas expressivas de direita: um novo Carlos Lacerda, ou as versões nacionais de um Nigel Farage, de uma Marine Le Pen ou de um Viktor Orban, primeiro-ministro húngaro.

Ativistas e atores políticos da direita conservadora têm a obrigação de mirar no exemplo dessas figuras públicas e históricas. Esses atores e ativistas da direita têm a obrigação também de não mais esperar a boa vontade e o interesse de outras forças políticas que fizeram parte da frente pró-impeachment para tomar suas decisões. A Direita Nacional, ainda que desarticulada e desorganizada, tem a obrigação hoje e agora de tomar para si o protagonismo da ação política nas ruas.

Nota: O exemplo citado do Primeiro-Ministro da Hungria também se estende a lideranças de direita de países como Polônia, Romênia e República Tcheca, e reflete um mesmo pano de fundo: enquanto a Europa Ocidental caminha para o suicídio civilizacional induzido pela esquerda, os valores fundamentais da civilização ocidental se fortalecem no Leste Europeu. Esse fato político e histórico de extrema relevância é tratado em alguns dos ensaios do livro Geopolítica Contemporânea: Desconstrução de Narrativas da Esquerda Globalista, de autoria do editor do Crítica Nacional.

Um grande estudo derruba o credo LGBT com fatos científicos*

Por Jan Bentz*

O conjunto de mal-entendidos e mitos comuns utilizados pelo lobby LGBT para alimentar o estilo de vida homossexual e a teoria de gênero na sociedade e nas instituições rachou com a publicação de um relatório sobre a orientação sexual, saúde mental, conduta social e identidade de gênero.

Dr. Lawrence S. Mayer, bioestatístico e epidemiologista, e Dr. Paul R. McHugh, professor catedrático, no departamento de psiquiatria da Escola de Medicina da Universidade de Johns Hopkins, publicaram o fruto de sua empreitada no The New Atlantis. O relatório reúne a evidência de 200 estudos de caso. Os resultados puxam o tapete dos argumentos pseudocientíficos apregoados pelo lobby LGBT em relação à sexualidade nos Estados Unidos e no Mundo.

Mayer e McHugh integraram dados biológicos, psicológicos e sociais para criar uma compreensão ampla dos temas em questão. Enfocaram-se os problemas de saúde mental conectados ao estilo de vida gay, bem como as crianças que não se identificam com seus sexos biológicos.

A primeira seção do relatório lida com a orientação sexual. Ela explica que orientação sexual é uma característica humana biologicamente fixada. Essa verdade simples parece surpreendente em uma sociedade em que a teoria de gênero já fincou suas raízes. O estudo mostra mais evidência de que enquanto “fatores biológicos como genes e hormônios estão associados com comportamentos sexuais e atrações, não há explicações biológicas causais convincentes para a orientação sexual humana. Apesar de diferenças menores nas estruturas e atividade encefálicas entre indivíduos homossexuais e heterossexuais terem sido identificadas pelos pesquisadores, tais descobertas neurobiológicas não demonstram se essas diferenças são inatas ou se são resultado de fatores ambientais e psicológicos”.

Igualmente interessante é que pesquisadores descobriram que 80 por cento dos adolescentes do sexo masculino que se sentem inseguros em relação à sua sexualidade relatam que a atração pelo mesmo sexo não é mais experimentada quando chegam à fase adulta. Essa informação está em clara oposição ao argumento de que uma atração desordenada pelo mesmo sexo aponta necessariamente em direção à orientação sexual a qual a pessoa deva se entregar e seguir. Os estudos de caso mostram, ainda, que heterossexuais têm de duas a três vezes menos chance de ter experimentado abuso sexual na infância, em comparação àqueles que depois ‘se assumem’ como homossexuais.

A segunda parte do estudo lida com as questões de saúde mental e de estresse social que são comuns entre homossexuais. Ela mostra que a população não heterossexual tem um risco elevado de sofrer de uma variedade de problemas de saúde física e mental. Pessoas vivendo o estilo de vida homossexual têm uma chance e meia a mais de experimentar ansiedade; têm o dobro de risco de depressão, e 2,5 vezes o risco de suicídio. Os números são mais extremos para pessoas que são transgêneros: 41 por cento já teve uma tentativa de suicídio durante a vida, enquanto que a taxa para a população em geral nos Estados Unidos é abaixo de 5 por cento.

O estudo lança mais luzes sobre questões de identidade de gênero. “A hipótese de que a identidade de gênero é uma característica inata e fixa dos seres humanos que independe do sexo biológico — que a pessoa possa ser ‘um homem preso no corpo feminino’ ou ‘uma mulher presa no corpo masculino’ — não é sustentada pelas evidências científicas”.

Contrastando com a imagem costumeiramente apresentada pela mídia, apenas 0,6 por cento dos adultos americanos identifica-se com um gênero que não corresponda ao seu sexo biológico. Não há correlação entre a estrutura encefálica e identificações transgêneras. Portanto, não há nenhuma base neurobiológica para a identificação de gênero que transgrida o sexo biológico. Aqui, os números também são deprimentes: comparados com a população em geral, adultos que passaram pela cirurgia de mudança de sexo têm cinco vezes mais chance de tentar o suicídio. Além disso, “não há evidência de que todas as crianças que expressam pensamentos e comportamentos atípicos para seu gênero deveriam ser encorajadas a se tornar transgêneras”.

Os médicos queriam oferecer um cuidadoso resumo e uma “explicação mais atualizada de muitas das descobertas mais rigorosas” produzidas por sua pesquisa. Sua investigação incluiu o exame de um vasto corpo de literatura científica de diversas disciplinas, como foi dito na introdução. “Como a literatura relevante está cheia de definições ambíguas e inconsistentes, nós não apenas examinamos as evidências empíricas, mas também sondamos os problemas conceituais subjacentes. Este relatório, no entanto, não discute questões de moralidade ou de políticas: Nosso foco é o da evidência científica — o que ela mostra e o que ela não mostra.” A intenção era fornecer uma “estrutura compartilhada para o discurso esclarecido e inteligente em intercâmbios políticos, profissionais e científicos” e um alívio do “sofrimento e promover a saúde e a prosperidade humana”.

Para mais informação, veja o relatório Mayer & McHugh (2016)**.

domingo, 25 de setembro de 2016

Ideologia de Gênero - A farsa de uma teoria e a destruição de uma família, a Família Reimer*

Baseado no artigo "Ideologia de Gênero e a experiência fracassada do caso Reimer", publicado originalmente no Portal da Família*.

Brian Henry Reimer
(*22 ago. 1965 – 01º jul. 2002)
Bruce/Brenda/David Peter Reimer

(*22 ago. 1965 – 05 maio 2004)
A ideologia de gênero é o passo mais radical do feminismo, pois pretende eliminar as diferenças naturais e interpretar com base na cultura, não na biologia, a condição sexuada do homem e da mulher. A história dos irmãos Reimer serve de advertência do que pode acontecer quando ideólogos e cientistas se apaixonam por uma teoria e ignoram os fatos, a realidade e a natureza.

John William Money (1921-2006) foi um psicólogo da Johns Hopkins University, sexologista e autor de livros, especializado em pesquisas sobre identidade sexual, mudança de sexo e biologia do gênero. Sua influência foi decisiva para a criação da teoria da identidade de gênero. Ele acreditava que não era tanto a biologia que determinava se somos homens ou mulheres, mas a maneira como somos criados, e já a partir da década de sessenta tinha pretendido demonstrar que a sexualidade depende mais da educação do que dos genes.

John William Money
(*08 jul. 1921 – 07 jul. 2006)
Dr. John Money ficou famoso devido a uma polêmica, fracassada e vergonhosa experiência médica. As suas cobaias foram dois bebês gêmeos: Bruce e Brian Reimer. Um infeliz acidente com Bruce proporcionou a Money a oportunidade de transformar o corpo do bebê – por cirurgia plástica e com o consentimento dos pais – num corpo com aparência feminina.

Em 1965, na cidade de Winnipeg, Manitoba, no Canadá, Janet e John Reimer, um jovem casal de fazendeiros mal saído da adolescência deu à luz aos meninos Brian e Bruce, um par de gêmeos univitelinos. Com a idade de 6 meses, após seus pais se preocuparem com a maneira como ambos urinavam, os meninos foram diagnosticados com fimose. Com a idade de 8 meses eles foram encaminhados para uma cirurgia de circuncisão, tida como de rotina. Em 27 de abril de 1966, um urologista realizou a operação utilizando um equipamento elétrico de cauterização que apresentou problemas diversas vezes. Na última tentativa, o procedimento não saiu como o planejado e o pênis de Bruce ficou totalmente queimado. A família ficou arrasada. Nos anos 60 uma cirurgia plástica de reconstrução de pênis não era uma opção, então não havia nada a ser feito. Com relação ao irmão, os médicos optaram por não operar Brian, cuja fimose logo desapareceu, sem qualquer intervenção cirúrgica.

Janet Reimer (mãe) e os gêmeos
Alguns meses depois, os pais de Brian e Bruce viram na televisão uma entrevista com o Dr. John Money falando sobre as operações de mudança de sexo em transexuais, na qual ele dizia que os bebês nasciam “neutros” e teriam sua identidade definida como masculina ou feminina (identidade de gênero) exclusivamente em função da maneira pela qual são criados. Acreditando que tal ideia poderia ser apropriada para o problema do filho mutilado, procuraram aquele especialista que imediatamente se dispôs a atendê-los e indicou uma mudança cirúrgica de sexo. Ele e outros médicos que trabalhavam com crianças nascidas com genitália anormal acreditavam que um pênis não podia ser substituído, mas que uma vagina funcional poderia ser construída cirurgicamente, e que seria mais provável que Bruce tivesse uma mais bem sucedida maturação funcional sexual como uma menina do que como um menino.

Esses médicos convenceram os pais de David Reimer de que a cirurgia de mudança de sexo seria o melhor para o garoto, e, com a idade de 22 meses, uma orquidectomia foi realizada para remover seus testículos. Seu sexo foi redefinido, os pais foram instruídos a criar David como uma mulher, e foi-lhe posto o nome de "Brenda". O Dr. Money deu apoio psicológico para a cirurgia para a posterior reeducação sexual, e ele continuou a ver Reimer anualmente por cerca de dez anos, para consultas e para avaliar o resultado. Esta mudança foi considerada um caso de teste especialmente válido do conceito de aprendizagem social da identidade de gênero, por duas razões. Primeiro, o irmão gêmeo de Reimer, Brian, serviu de controle ideal, pois os dois não só compartilhavam genes e ambientes familiares, mas tinham compartilhado o ambiente intrauterino também. Segundo, esta tinha a fama de ser a primeira mudança e reconstrução realizada em um bebê do sexo masculino que não tinha anormalidade pré-natal ou pós-natal precoce de diferenciação sexual.

Os pais não sabiam, mas Money era conhecido como uma espécie de guru da sexualidade (se fazia chamar “missionário do sexo”) e defendia comportamentos sexuais ousados, como casamentos “abertos”, nos quais os cônjuges poderiam ter amantes com consentimento mútuo; estimulava o sexo grupal e bissexual, além de, em momentos mais extremados, parecer tolerar o incesto e a pedofilia.

O Dr. Money forçou os gêmeos a ensaiarem atos sexuais envolvendo "movimentos empurrando", com David desempenhando o papel sexual passivo. Quando criança, David Reimer dolorosamente lembrou-se de ter que de "ficar de quatro" com seu irmão, Brian Reimer, "por trás de sua bunda", com "sua virilha contra "suas" nádegas". Em outra posição sexual, o Dr. Money forçou David a ter suas "pernas abertas" com Brian por cima. O Dr. Money também forçou as crianças a tirarem suas roupas e se envolverem em "inspeções genitais". Em "pelo menos uma ocasião", o Dr. Money tirou uma "fotografia" das duas crianças fazendo essas atividades. A razão do Dr. Money para estes vários tratamentos era a sua crença de que "jogos sexuais infantis" eram "importantes para uma identidade de gênero adulta saudável".

O interesse de Money no caso não poderia ser maior. Como defendia a ideia de que as diferenças de comportamento entre os sexos eram decorrentes de fatores socioculturais e não biológicos (nature versus nurture) - tese aclamada pelas feministas de então -, a mutilação de Bruce oferecia-lhe uma excelente oportunidade de colocar à prova sua teoria. Havia, em sua opinião, a indicação para a mudança cirúrgica de sexo, os pais tratariam a criança conforme sua orientação e o experimento teria uma contraprova natural, pois havia um irmão gêmeo idêntico, univitelino, compartilhando o mesmo ambiente familiar e que serviria de controle. No eterno debate sobre natureza e educação, ia demonstrar que a educação é tudo. Simone de Beauvoir e Sartre já tinham feito triunfar a ideia de que é o ser humano quem goza de liberdade, não a natureza.

Família Reimer
Os Reimer seguiram ao pé da letra as instruções de Money, mas as coisas não correram conforme o previsto. Janet, a mãe, conta o que aconteceu quando tentou vestir Brenda com o seu primeiro vestido, pouco antes de fazer dois anos: "Tentou arrancá-lo, rasgá-lo. Lembro-me de que pensei: 'Meu Deus, ele sabe que é um menino e não quer vestir-se como uma menina!'"

“Brenda” também passou a ser rejeitado na escola, onde bem cedo manifestou estranhas “tendências lésbicas”, apesar dos hormônios que o faziam tomar.

Enquanto toda a família via aflita o fracasso da operação, no decorrer daqueles anos 70 Money proclamava aos quatro ventos que a sua experiência era um êxito rotundo. Num artigo publicado em Archives of Sexual Behaviour, escreveu: “O comportamento da menina é claramente o de uma menina ativa, bem diferente das formas masculinas do seu irmão gêmeo” e que “Os gêmeos estavam felizes em seus papeis estabelecidos: Brian era um menino forte e levado; ‘Brenda’, sua irmã', era uma doce menininha”.

Em função dessa experiência, Money ficou mais famoso. A revista Time, numa longa matéria, afirmava que “este caso constitui um apoio férreo à maior das batalhas pela libertação da mulher: o conceito de que as pautas convencionais sobre a conduta masculina e feminina podem ser alteradas”.

Nesse ínterim, os gêmeos eram obrigados a seguir periodicamente sessões de “psicoterapia” com Money. Segundo consta, tais sessões foram profundamente traumáticas para ambas as crianças. Nelas, possivelmente num esforço de estabelecer as diferenças de comportamento sexual entre homem e mulher, Money lhes mostrava fotos sexuais explícitas e teria feito as crianças despirem-se e encenarem posições de coito, com “Brenda” desempenhando o papel sexual passivo. Em "pelo menos uma ocasião", o Dr. Money tirou "fotografia" das duas crianças fazendo essas atividades. A razão do Dr. Money para estes vários tratamentos era a sua crença de que "jogos sexuais infantis" eram "importantes para uma identidade de gênero adulta saudável".

Enquanto isso, a mãe, que se sentia culpada e desorientada com a situação da “filha” entrou em depressão e, a certa altura, tentou o suicídio. O pai desenvolveu um alcoolismo grave e o irmão gêmeo Brian começara a usar drogas e a praticar atos de delinquência ao atingir a adolescência.

Quando o Dr. Money começou a pressionar a família para “Brenda” fazer uma cirurgia de construção de uma vagina, a família interrompeu as visitas de acompanhamento. Dos 22 meses de vida até seus primeiros anos como adolescente, “Brenda” urinou por meio de um orifício que cirurgiões fizeram em seu abdômen. Foi-lhe dado estrogênio durante a adolescência, para induzir o desenvolvimento das mamas. Destruída pelas intermináveis sessões psiquiátricas e pela medicação com estrogênio, com a idade de 13 anos, “Brenda” estava experimentando depressão suicida, e disse a seus pais que iria cometer suicídio se eles o fizessem ver o Dr. John Money novamente.

Não tendo mais contato com a família, visto que as visitas foram suspensas, o Dr. John Money não publicou mais nada sobre o caso. Mas também não informou ao público que a mudança não havia sido bem sucedida e continuou por muito tempo a permitir que as pessoas acreditassem que ela tinha sido bem sucedida.

Como inexplicavelmente deixou de publicar as evoluções do caso, o fato chamou a atenção de um pesquisador rival, Dr. Milton Diamond, da Universidade do Havaí, que procurou informações e reconstruiu a verdade sobre o mesmo, publicando-a num artigo em coautoria com Keith Sigmundson, nos Archives of Pediatrics and Adolescent Medicine.

A verdade descrita por Diamond era muito diferente da versão sustentada por Money. Desde os dois anos, “Brenda” rasgava suas roupas de menina e se recusava a brincar com bonecas, disputando com o irmão Bruce seus brinquedos. Na escola, era permanentemente hostilizada pelo comportamento masculinizado e pela insistência em urinar de pé. Queixava-se insistentemente aos pais por não se sentir como uma menina. Mantendo as orientações de Money, os pais diziam-lhe que era uma “fase” que logo superaria.

Não aguentando mais a situação, os pais consultaram um psiquiatra de sua cidade, que sugeriu dizer toda a verdade para “Brenda”. Em 1980, seu pai contou-lhe então a verdade, e isso teve um efeito profundo e transformador. Posteriormente, “Brenda/Bruce” disse: “De repente, tudo fazia sentido. Ficava claro por que me sentia daquela forma. Eu não estava louco”.

David Reimer e jane Fontaine
Casamento, em 22 set. 1990
“Brenda”, aos 14 anos, imediatamente se engajou numa busca do sexo perdido. Fez inúmeras cirurgias para fechar sua vagina artificial, recompor a genitália masculina com a implantação de próteses de pênis e testículos, retirar os seios crescidos a base de estrógenos, além de iniciar tratamentos hormonais para masculinizar sua musculatura. Significativamente, não retomou seu nome inicial escolhendo chamar-se “David”. Apesar de todas as cirurgias e da nova identidade masculina, mergulhara também numa séria depressão e tentou suicídio aos 20 anos. Mas em 22 de setembro de 1990, ele se casou com Jane Fontaine e se tornou o padrasto de três filhos.

Quando tinha 30 anos, David foi encontrado por Diamond, que, como dito acima, desconfiara do motivo que levara Money a interromper, sem maiores explicações, o relato de um caso que o reputava de tanto sucesso. Somente aí David soube que, até então, seu caso era mundialmente conhecido, e que tinha sido imortalizado como caso 'John/Joan', em artigos e livros de teoria médica e psicológica, atestando o 'sucesso' da teoria de Money, e estabelecendo os protocolos sobre como tratar crianças hermafroditas e pessoas que sofreram algum tipo de mutilação como a perda do pênis.

Indignado com tal impostura, David resolveu colaborar, dando origem ao trabalho que recolocou a verdade em circulação, engajando-se numa campanha para evitar que outros passassem pelos mesmos sofrimentos que ele tivera de suportar. O trabalho de Diamond foi largamente divulgado e chegou à grande mídia, jornais e televisões norte-americanos. Se não fosse pelo trabalho detetivesco de Diamond, tudo ficaria encoberto.

Biografia de David Reimer
Posteriormente, John Colapinto, redator da revista Rolling Stone, em conjunto com David escreveu sua biografia, que tomou o nome de As Nature made him - The Boy who was raised as a girl. Os lucros da publicação foram divididos meio-a-meio entre Colapinto e David. Tempos depois, David perderia em investimentos malsucedidos todas as suas economias advindas dos direitos autorais de sua biografia e de um futuro filme nela baseado (o estúdio Dreamworks, de Spielberg, desenvolve um projeto para futura realização).

Em 2002, o irmão gêmeo Brian, que sofria de esquizofrenia, suicidou-se com uma overdose de antidepressivos.

David nunca conseguiu superar o seu trauma. “Daria qualquer coisa para que um hipnotizador conseguisse apagar todas as recordações do meu passado. É uma tortura que não suporto. O que fizeram com o meu corpo não é tão grave como o que provocaram na minha mente”, tinha dito.

Em 2 de maio de 2004, sua esposa Jane, cansada do caráter soturno e melancólico do marido, após 14 anos de casamento, lhe disse que queria a separação. Na manhã de 5 de maio de 2004, David foi a uma mercearia, e cometeu suicídio dando um tiro na própria cabeça. Ele tinha 38 anos.

O Dr. John William Money continuou até o fim da vida como Professor Emeritus na Johns Hopkins University. Na época do suicídio de David Reimer, foi procurado pela imprensa mas não quis manifestar-se. Suas ideias sobre a Ideologia de Gênero continuam a ser divulgadas.

domingo, 18 de setembro de 2016

Esquerdismo é uma doença mental*

* Do original "O psiquiatra Lyle Rossiter nos comprova que o esquerdismo é uma doença mental", de Luciano Henrique Ayan*.


Geralmente vemos esquerdistas se referirem a quem é da direita como um “louco da direita”, e daí por diante. O problema é que a crença da direita é coerente até com o que a teoria da evolução tem a nos dizer. Enquanto isso, a crença esquerdista é baseada em quê? É isso que começamos a investigar de uma forma mais clínica a partir do livro The Liberal Mind: The Psychological Causes of Political Madness, de Lyle Rossiter, lançado em 2011.

Conforme a review da Amazon, já notamos a paulada que será dada nos esquerdistas:
"Liberal Mind traz o primeiro exame profundo da loucura política mais relevante em nosso tempo: os esforços da esquerda radical para regular as pessoas desde o berço até o túmulo. Para salvar-nos de nossas vidas turbulentas, a agenda esquerdista recomenda a negação da responsabilidade pessoal, incentiva a auto-piedade e outro-comiseração, promove a dependência do governo, assim como a indulgência sexual, racionaliza a violência, pede desculpas pela obrigação financeira, justifica o roubo, ignora a grosseria, prescreve reclamação e imputação de culpa, denigre o matrimônio e a família, legaliza todos os abortos, desafia a tradição social e religiosa, declara a injustiça da desigualdade, e se rebela contra os deveres da cidadania. Através de direitos múltiplos para bens, serviços e status social não adquiridos, o político de esquerda promete garantir o bem-estar material de todos, fornecendo saúde para todos, protegendo a auto-estima de todos, corrigindo todas as desvantagens sociais e políticas, educando cada cidadão, assim como eliminando todas as distinções de classe. O esquerdismo radical, assim, ataca os fundamentos da liberdade civilizada. Dadas as suas metas irracionais, métodos coercitivos e fracassos históricos, juntamente aos seus efeitos perversos sobre o desenvolvimento do caráter, não pode haver dúvida da loucura contida na agenda radical. Só uma agenda irracional defenderia uma destruição sistemática dos fundamentos que garantem a liberdade organizada. Apenas um homem irracional iria desejar o Estado decidindo sua vida por ele, ao invés e criar condições de segurança para ele poder executar sua própria vida. Só uma agenda irracional tentaria deliberadamente prejudicar o crescimento do cidadão em direção à competência, através da adoção dele pelo Estado. Apenas o pensamento irracional trocaria a liberdade individual pela coerção do governo, sacrificando o orgulho da auto-suficiência para a dependência do bem-estar. Só um louco iria visualizar uma comunidade de pessoas livres cooperando e ver nela uma sociedade de vítimas exploradas pelos vilões."
O que temos aqui, na obra de Rossiter, é o tratamento do esquerdismo de forma clínica, por um psiquiatra forense. (Um pouco mais no site do autor do livro, e um pouco mais sobre sua prática profissional).

O modelo de mente esquerdista

O livro é bastante analítico, e, por vezes, até chato de se ler. Quem está acostumado a livros de fácil leitura de autores conservadores de direita, como Glenn Beck e Ann Coulter, pode até se incomodar. Outro livro que fala do mesmo tema é Liberalism Is a Mental Disorder: Savage Solution, de Michael Savage. Mas o livro de Savage é também uma leitura informal, embora séria. O livro de Rossiter é acadêmico, de leitura até difícil, sem muitas concessões comerciais, e de um rigor analítico simplesmente impressionante. Se não é sua leitura típica para curar insônia, ao menos o conteúdo poderoso compensa o tratamento seco e acadêmico dado ao tema.

Segundo Rossiter, a mente esquerdista tem um padrão, que se reflete tanto em um padrão comportamental, quanto um padrão de crenças e alegações. Portanto, é possível “modelar” a mente do esquerdista a partir de uma série de padrões. A partir daí, Rossiter investiga uma larga base de conhecimento de desordens de personalidade, e usa-as para modelar os padrões de comportamento dos esquerdistas. Segundo Rossiter, basta observar o comportamento de um esquerdista, mapear suas crenças e ações, e compará-los com os dados científicos a respeito de algumas patologias da mente. A mente esquerdista pode ser classificada como um distúrbio de personalidade por que as crenças e ações resultantes deste tipo de mentalidade se encaixam com exatidão no modelo psiquiátrico do distúrbio de personalidade. As análises de Rossiter são feitas tanto nos contextos individuais (a crença do cidadão esquerdista em relação ao mundo), como nos contextos corporativos (ação de grupo, endosso a políticos profissionais, etc.).

Rossiter nos lembra que a personalidade é socializada pelos pais e pela família, como uma parte do desenvolvimento infantil. Mesmo com a influência do ambiente escolar, são os pais que preparam a criança para o futuro. A partir disso, ele avalia o que é um desenvolvimento sadio, para desenvolver uma personalidade apta a viver em um mundo orientado a valorização da competência, dentro do qual essa personalidade deverá reagir. Uma personalidade sadia reagiria bem a esse mundo já sem a presença dos pais, enquanto uma personalidade com distúrbio não conseguiria o mesmo sucesso. Em cima disso, Rossiter avalia a personalidade desenvolvida com os itens da agenda esquerdista, demonstrando que muitos itens dessa agenda estão em oposição ao desenvolvimento sadio da personalidade.

Para o seu trabalho, Rossiter classifica os esquerdistas em dois tipos: benignos e radicais. Os radicais são aqueles cujas ações (agenda) causam dano a outros indivíduos. De qualquer forma, os esquerdistas benignos (seriam os moderados) dão sustentação aos esquerdistas radicais.

Rossiter define o homem como uma fonte autônoma de ação, ao mesmo tempo em que está envolvido em relações, como as econômicas, sociais e políticas. Isto é definido por Rossiter como a Natureza Bipolar do Homem, pois mesmo que ele seja capaz de ação independente, também é restrito pelo contexto social, na cooperação com os outros. A partir dessa constatação, tudo o mais flui. Para permitir que o homem seja capaz de operar com sucesso em seu ambiente natural, deve existir um desenvolvimento adequado da personalidade. Este desenvolvimento da personalidade surge a partir dos outros, idealmente a mãe e a família.

Outro ponto central: toda a análise de Rossiter é feita no contexto de uma sociedade livre, não de uma sociedade totalitária. Portanto, ele avalia o quão alguém é sadio em termos de personalidade para viver em uma sociedade democrática, e não em uma sociedade formalmente totalitária, como Coréia do Norte, Cuba ou China, por exemplo.

Competência em uma sociedade livre

Fica claro que não devemos esperar de Rossiter avaliação sobre um modelo de personalidade para toda e qualquer sociedade, pois ele é bem claro em seu intuito: desenvolver e estudar personalidades competentes para a vida em uma sociedade livre. A manutenção de tal sociedade requer regras para existir, que devem ser codificadas em leis, hipóteses, assim como regras do senso comum.

Nesse contexto, as habilidades a seguir são aquelas de um adulto competente em uma sociedade com liberdade organizada:
  • Iniciativa – Fazer as coisas acontecerem.
  • Atuação – Agir com propósito.
  • Autonomia – Agir independentemente.
  • Soberania- Viver independentemente, através da tomada de decisão competente. 
Rossiter define os direitos naturais do homem, para uma pessoa adulta vivendo em uma sociedade de liberdade organizada. Estes compreendem o exercício, conforme qualquer um escolher, das habilidades selecionadas acima, todas elas sujeitas às restrições necessárias para uma sociedade com paz e ordem. Assim, direitos naturais resultam da combinação de natureza humana e liberdade humana. Natureza humana significa viver como alguém quiser, sujeito as restrições necessárias para paz e ordem.

Considerando estes atributos humanos, Rossiter define como uma ordem social adequada, aquela que possui os seguintes aspectos:
  1. Honra a soberania do indivíduo.
  2. Respeita a liberdade do indivíduo.
  3. Respeita a posse de propriedade e integridade dos contratos.
  4. Respeita o princípio da igualdade sob a lei.
  5. Requer limites constitucionais, para evitar que o governo viole os direitos naturais.
Os aspectos acima são avaliados na perspectiva do indivíduo, não de grupos ou classes, em um processo relacionado à individuação, conceito originado em Jung. Neste processo, o ser humano evolui de um estado infantil de identificação para um estado de maior diferenciação, o que implicará necessariamente em uma ampliação da consciência. A partir daí, surge cada vez mais o conhecimento de si-mesmo, em detrimento das influências externas. Eventuais resistências à individuação são causas de sofrimento e distúrbios psiquícos.

Segundo Rossiter, o indivíduo adulto que passou adequadamente pelo processo de individuação assume de forma coerente seu direito a vida, liberdade e busca da felicidade. Mesmo assim, isso não significa que ele pode fazer o que quiser, pois deve respeitar o individualismo dos outros e interagir com eles através da cooperação voluntária. Assim, o individualismo deve ser associado com mutualidade, para o desenvolvimento de um adulto competente para viver em uma sociedade de liberdade organizada.

Rossiter estuda com afinco as características de desenvolvimento do invidíduo, de acordo com regras pelas quais ele pode viver em uma sociedade de liberdade organizada, e lista sete direitos individuais do cidadão comum, dentro dos quais ele pode exercitar sua autonomia, livre da interferência do governo:
  1. Direito de auto-propriedade (autonomia).
  2. Direito de primeira posse (para controlar propriedade que não tenha sido de posse de ninguém antes).
  3. Direito de posse e troca (manter, trocar ou comercializar).
  4. Direito de auto-defesa (proteção de si próprio e da proriedade).
  5. Direito de compensação justa pela retirada (a partir do governo).
  6. Direito a acesso limitado (a propriedade dos outros em emergências).
  7. Direito a restituição (por danos a si próprio ou propriedade).
Estes são normalmente chamados de direitos naturais, direitos de liberdade ou direitos negativos. O governo deve ser estruturado para proteger estes direitos, e precisa ser estruturado de forma que não infrinja-os. A obrigação do governo em uma sociedade de liberdade organizada envolve implementar e sustentar estas regras para proteger o cidadão de infrações cometidas tanto por outros como pelo próprio governo.

Eis que surge o problema da mente esquerdista, que quer atacar basicamente todos os pilares acima. Em cima disso, Rossiter levanta as crenças da mente esquerdista, que, juntas, dão um fundamento do modelo da mente deles:
  1. Modelos sociais ideais tradicionais estão ultrapassados e não se aplicam mais.
  2. A direção do governo é melhor do que ter os cidadãos tomando conta de si próprios.
  3. A melhor fundação política de uma sociedade organizada ocorre através de um governo centralizado.
  4. O objetivo principal da política é alcançar uma sociedade ideal na visão coletiva.
  5. A significância política do invidíduo é medida a partir de sua adequação à coletividade.
  6. Altruísmo é uma virtude do estado, embutida nos programas do estado.
  7. A soberania dos indivíduos é diminuída em favor do estado.
  8. Direitos a vida, liberdade e propriedade são submetidos aos direitos coletivos determinados pelo estado.
  9. Cidadãos são como crianças de um governo parental.
  10. A relação do indivíduo em relação ao governo deve lembrar aquela que a criança possui com os pais.
  11. As instituições sociais tradicionais de matrimônio e família não são muito importantes.
  12. O governo inchado é necessário para garantir justiça social.
  13. Conceitos tradicionais de justiça são inválidos.
  14. O conceito coletivista de justiça social requer distribuição de riqueza.
  15. Frutos de trabalho individual pertencem à população como um todo.
  16. O indivíduo deve ter direito a apenas uma parte do resultado de seu trabalho, e esta porção deve ser especificada pelo governo.
  17. O estado deve julgar quais grupos merecem benefícios a partir do governo.
  18. A atividade econômica deve ser cuidadosamente controlada pelo governo.
  19. As prescrições do governo surgem a partir de intelectuais da esquerda, não da história.
  20. Os elaboradores de políticas da esquerda são intelectualmente superiores aos conservadores.
  21. A boa vida é um direito dado pelo estado, independentemente do esforço do cidadão.
  22. Tradições estabelecidas de decência e cortesia são indevidamente restritivas.
  23. Códigos morais, éticos e legais tradicionais são construções políticas.
  24. Ações destrutivas do indivíduo são causadas por influências culturais negativas.
  25. O julgamento das ações não deve ser baseado em padrões éticos ou morais.
  26. O mesmo vale para julgar o que ocorre entre nações, grupos éticos e grupos religiosos.
Como tudo na vida, o aceite de crenças tem consequências. No caso do aceite das crenças esquerdistas, consequências incluem:
  1. Dependência do governo, ao invés de auto-confiança.
  2. Direção a partir do governo, ao invés da auto-determinação.
  3. Indulgência e relativismo moral, ao invés de retidão moral.
  4. Coletivismo contra o individualismo cooperativo.
  5. Trabalho escravo contra o altruísmo genuíno.
  6. Deslocamento do indivíduo como a principal unidade social econômica, social e política.
  7. A santidade do casamento e coesão da família prejudicada.
  8. A harmonia entre a família e a comunidade prejudicada.
  9. Obrigações de promessas, contratos e direitos de propriedade enfraquecidos.
  10. Falta de conexão entre premiações por mérito e justificativa para estas premiações.
  11. Corrupção da base moral e ética para a vida civilizada.
  12. População polarizada em guerras de classes através de falsas alegações de vitimização e demandas artificiais de resgate político.
  13. A criação de um estado parental e administrativo idealizado, dotado de vastos poderes regulatórios.
  14. Liberdade individual e coordenação pacífica da ação humana severamente comprometida. 
Aliás, eu acho que Rossiter esqueceu de consequências adicionais como: (15) Aumento do crime, devido a tolerância ao crime, e (16) Incapacidade de uma base lógica para que a sociedade sequer tenha condição de julgar o status em que se encontra.

Por que a mente esquerdista é uma patologia?

Para Rossiter, a melhor forma de avaliar a mente do esquerdista é a através dos valores que ele tem, e os que ele rejeita. Mais:
"Como todos os outros seres humanos, o esquerdista moderno revela seu verdadeiro caráter, incluindo sua loucura, nos valores que possui e que descarta. De especial interesse, no entanto, são os muitos valores sobre os quais a mente esquerdista não é apaixonada: sua agenda não insiste em que o invidívuo é a principal unidade econômica, social e política, ele não idealiza a liberdade individual em uma estrutura de lei e ordem, não defende os direitos básicos de propriedade e contrato, não aspira a ideais de autonomia e reciprocidade autênticas. Ele não defende a retidão moral ou sequer compreende o papel crítico da moralidade no relacionamento humano. A agenda esquerdista não compreende uma identidade de competência, nem aprecia sua importância, e muito menos avalia as condições e instituições sociais que permitam seu desenvolvimento ou que promovam sua realização. A agenda esquerdista não compreende nem reconhece a soberania, portanto não se importa em impor limites estritos de coerção pelo estado. Ele não celebra o altruísmo genuíno da caridade privada. Ele não aprende as lições da história sobre os males do coletivismo."
Rossiter diz que as crianças não nascem com este “programa”, que é adquirido especialmente durante o aprendizado escolar. Em resumo: um adulto, competente para operar em uma sociedade de liberdade organizada, na maior parte das vezes adquire estes valores dos pais e da família, mas um esquerdista radical não.

Basicamente, o esquerdismo pode ser caracterizado como uma neurose, baseada nos traumas do relacionamento com a família durante o desenvolvimento da personalidade. Sendo uma neurose de transferência, ela compreende as projeções inconscientes das psicodinâmicas da infância nas arenas políticas da vida adulta. É o resultado de uma falha no treino da criança nos elementos psicodinâmicos básicos de um adulto, competente para viver em uma sociedade de liberdade organizada. (Obviamente, um esquerdista jamais irá reconhecer as “fendas” em seu desenvolvimento de criança até um adulto).

Rossiter nos diz mais:
"Sua neurose é evidente em seus ideais e fantasias, em sua auto-justiça, arrogância e grandiosidade, na sua auto-piedade, em suas exigências de indulgência e isenção de prestação de contas, em suas reivindicações de direitos, em que ele dá e retém, e em seus protestos de que nada feito voluntariamente é suficiente para satisfazê-lo. Mais notadamente, nas demandas do esquerdista radical, em seus protestos furiosos contra a liberdade econômica, em seu arrogante desprezo pela moralidade, em seu desafio repleto de ódio contra a civilidade, em seus ataques amargos à liberdade de associação, em seu ataque agressivo à liberdade individual. E, em última análise, a irracionalidade do esquerdista radical é mais aparente na defesa do uso cruel da força para controlar a vida dos outros."
Agora fica mais fácil entender por que os esquerdistas são tão frustrados e raivosinhos em suas interações, não?

Os cinco déficits principais do esquerdista

Um esquerdista apresenta, segundo Rossiter, cinco principais déficits, cada um mais evidente nas diversas fases do desenvolvimento, desde os primeiros meses após o nascimento, até a entrada da fase adulta.

Confiança básica: O primeiro déficit relaciona-se a confiança básica. Isto é, a falta de confiança nos relacionamentos entre pessoas por consentimento mútuo. Por isso, o esquerdista age como se as pessoas não conseguissem criar boas vidas por si próprios através da cooperação voluntária e iniciativa individual. Por isso, colocam toda essa coordenação nas mãos do estado, que funciona como um substituto para os pais. Se a criança não consegue conviver com os irmãos, precisa de pais como árbitros. Este déficit inicia-se no primeiro ano de vida. As interações positivas de uma criança com a mãe o introduzem a um mundo de relacionamento seguro, agradável, mutuamente satisfatório e a partir do “consentimento” entre ambas as partes. Mas caso exista um relacionamento anormal e abusivo na infância, algo de errado ocorre, e essa aquisição de confiança básica é profundamente comprometida. Lembremos que a ingenuidade é problemática, mas o esquerdista é ingênuo perante o governo, que tem mais poder de coerção, enquanto suspeita dos relacionamentos humanos não abitrados pelo governo.

Autonomia: Após os primeiros 15 meses, uma criança começa a incorporar os fundamentos de autonomia, auto-realização, assim como fundamentos de mutualidade, ou auto-realização (assim como realização dos outros). A partir dessa fase, a criança começa a agir por si própria para ter suas necessidades satisfeitas, de acordo com aqueles que cuidam dela. Junto com a ideia de autonomia, surgem ideias como auto-confiança, auto-direção e auto-regulação. A criança “mimada”, que cresce dependente do excesso de indulgência dos pais é privada das virtudes de auto-confiança e auto-controle e de atitudes necessárias para cooperação com os outros.

Iniciativa: No desenvolvimento normal, esta é a capacidade de se iniciar bons trabalhos para bons propósitos, sendo desenvolvida nos primeiros quatro ou cinco anos da vida de uma criança. No caso da falta de iniciativa, há falta de auto-direção, vontade e propósito, geralmente buscando relacionamentos com os outros de forma infantil, sempre pedindo por condescendência, ao invés de lutar para ser respeitado. Pessoas como esta personalidade normalmente assumem um papel infantil em relação ao governo, votando para aqueles que prometem segurança material através da obrigação coletiva, ao invés de votar naqueles comprometidos com a proteção da liberdade individual. A inibição da iniciativa pode ocorrer por culpa excessiva adquirida na infância, surgindo, por instância, do completo de Édipo.

Diligência: Assim como a iniciativa é a habilidade de iniciar atos com boas metas, diligência é a habilidade para completá-los. A criança, no seu desenvolvimento escolar, se torna apta a completar suas ações de forma cada vez mais competente. Na fase da diligência, a criança aprende a fazer e realizar coisas e se relacionar de formas mais complexas com pessoas fora de seu núcleo familiar. A meta desta fase é o desenvolvimento da competência adulta. É a era da aquisição da competência econômica e da socialização. Nessa fase, se aprende a convivência de acordo com códigos aceitos de conduta, de acordo com as possibilidades culturais de seu tempo, de forma a canalizar seus interesses na direção da cooperação mútua. Quando as coisas não vão muito bem, surgem desordens comportamentais, uso de drogas, ou delinquência, assim como o surgimento de ações que sabotam a cooperação. A tendência é a geração de um senso de inferioridade, assim como déficits nas habilidades sociais, de aprendizado e identificações construtivas, que deveriam ser a porta de entrada para a aquisição da competência adulta. Atitudes que surgem destas emoções patológicas podem promover uma dependência passiva comportamental como uma defesa contra o medo diante das relações humanas, vergonha, ou ódio.

Identidade: O senso de identidade do adolescente é alterado assim que ele explora várias personas, múltiplas e as vezes contraditórias, na construção de seu self. Ele deve se confrontar com novos desafios em relação ao balanço já estabelecido entre confiança e desconfiança, autonomia e vergonha, iniciativa e culpa, diligência e inferioridade. Esta fase testa a estabilidade emocional que foi desenvolvida pela criança, assim como sua racionalidade, sendo de adequação e aceitabilidade, superação de obstáculos, e o aprofundamento das habilidades relacionais. O desenvolvimento desta identidade adulta envolve o risco percebido de acreditar nas instituições sociais. O adulto quer uma visão do mundo na qual possa acreditar. Isto é especialmente importante se ele sofreu formas de abuso anteriormente. Sua consciência ampliada de quem ele é facilita uma integração entre suas identidades do passado e do presente com sua identidade do futuro. Nesta fase do desenvolvimento o jovem pode ser vítima das ofertas ilusórias do esquerdismo. É a fase “final” da escolha.

Uma cura para o esquerdismo?

Com uma identidade mantida por uma série de neuroses, o esquerdista não consegue mais assumir responsabilidades pelos seus atos, e muito menos pelas consequências de suas ações. Tende a se fazer de vítima para conseguir o que quer, e não se furta em mentir para conseguir seus objetivos. É quando podemos questionar: há uma cura para isso tudo? Possivelmente, mas a questão é que o esquerdista deve buscar ajuda por si próprio, mas quanto mais ele estiver recebendo reforço de seus grupos, menos vontade ele terá para fazê-lo. Ao contrário, mesmo com tantos déficits e tamanhos delírios, ele sempre julgará estar com a razão.

Diante disso, quem pode fazer algo pelos esquerdistas são os direitistas, mas isso só pode acontecer pela via da refutação e do desmascaramento de suas ações. Incapazes de julgarem seus próprios atos, jamais se deve confiar no auto-julgamento de um esquerdista. Todas as auto-rotulagens e outro-rotulagens tendem a ser mentirosas, assim como seus argumentos. A refutação de uma parte externa, não contaminada pela ideologia esquerdista, é a única alternativa que pode dar um fio de esperança ao esquerdista.

Entretanto, mesmo que ainda exista esperança para o esquerdista, os maiores afetados são os não-esquerdistas, que possuem suas vidas impactadas por suas crenças. Por isso, as nossas ações não devem ser realizadas primeiramente em prol de salvar os esquerdistas de suas patologias (envergonhando-o, por suas mentiras, assim como denunciando suas chantagens emocionais) , mas sim por salvar-nos das consequências de suas neuroses e psicoses.

Nesse intento, entender por que eles achem assim, como eles se sentem, e o que os tornou assim, passa a ser essencial. Neste ponto, a obra de Lyle Rossiter é simplesmente um achado.

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